De maneira simples e direta, a erisipela é uma infecção epitelial, sendo considerada uma forma de celulite. Contudo, ao contrário do que ocorre com a celulite, que afeta as camadas mais profundas de tecido, a erisipela acomete apenas as camadas superficiais.
No entanto, as duas condições podem se sobrepor, quando isso acontece o médico pode ter maiores dificuldades para distinguir entre uma e outra.
Quer saber mais sobre a erisipela? Então, continue a leitura!
Quais são os principais sintomas?
Uma observação interessante é que, frequentemente, a pessoa não se sente bem antes de os primeiros sinais de erisipela surgirem em sua pele. Por exemplo, pode experimentar calafrios, febre e onda de calor.
A maioria dos registros dessa doença envolve as pernas. Entretanto, essa condição pode surgir em outras partes, como no tronco e nos braços. A erisipela geralmente afeta uma parte específica da pele fazendo com que ela fique vermelha, sendo que pode ser acompanhada dos seguintes sinais e sintomas:
- vermelhidão;
- região inchada e brilhante;
- sensação de calor ao toque;
- listras vermelhas na área afetada;
- bordas finas entre a região da pele prejudicada e a pele saudável;
- nos casos mais graves a área pode ficar preta, roxa ou apresentar bolhas.
Aliás, os sintomas podem surgir de forma imediata, se desenvolvendo em poucas horas. Entretanto, também pode demorar um pouco para que fiquem evidentes, levando alguns dias.
Quais são as causas?
A erisipela tem como principal causa as bactérias que entram na pele por feridas e cortes. Sendo assim, algumas lesões podem aumentar os riscos de desenvolver o problema, tais como:
- feridas de cirurgia;
- picadas de animais e insetos;
- cortes, úlceras e feridas.
Outras condições que também aumentam as chances de desenvolver erisipela são:
- infecções por fungos, a exemplo do pé de atleta;
- impetigo (um tipo de infecção na pele) e;
- eczema.
Por fim, também existem situações que não tem uma relação direta com a pele, mas podem aumentar a probabilidade de a pessoa desenvolver erisipela:
- alcoolismo;
- problemas de circulação sanguínea;
- obesidade;
- diabetes fora de controle;
- medicamentos;
- sistema imunológico enfraquecido.
É possível tratar?
A boa notícia é que a erisipela tem cura. Entretanto, é bom ressaltar que, quanto mais cedo o tratamento for iniciado, melhor. Dessa forma, será possível diminuir os riscos de problemas maiores e complicações no futuro.
A principal linha de abordagem para lidar com essa condição é o uso de antibióticos. Porém, o tipo e o tempo de uso dependerá do germe causador da doença, mas geralmente os medicamentos contam com penicilina.
Aliás, é fundamental que a pessoa que tenha alergia a penicilina comunique o fato ao seu médico para que ele possa direcionar melhor o tratamento. No mais, existem casos em que o uso de anti-inflamatórios, a exemplo do ibuprofeno, podem ser úteis para minimizar o desconforto.
Usar cremes para evitar que a pele rache ou fique seca, manter a área infectada elevada e resfriar a pele podem ajudar a diminuir os incômodos.
O tratamento para erisipela tende a durar até duas semanas. Sendo assim, se os sintomas persistirem por muito mais tempo o retorno ao médico especialista é fundamental para a condução do processo de recuperação.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgiã vascular no Vila da Serra!